Cabo Delgado: Militares da Renamo encerram delegação e ateiam fogo a material do partido

 



Alguns militares da Renamo encerraram a delegação política na cidade de Pemba, província de Cabo Delgado, e atearam fogo em material de publicidade do partido.

O grupo exige a demissão do actual líder da formação política, Ossufo Momade, por alegadamente estar a levar o partido a arruinar-se.

O grupo apresentou à imprensa, esta semana, um comunicado onde indicava que a delegação seria encerrada na quinta-feira (24) e posteriormente todas a outras delegações do partido espalhadas pela província.

Eles alegam que Ossufo Momade não cumpriu, na íntegra, os acordos celebrados entre o já falecido líder do partido, Afonso Dhlakama e o ex-presidente da República, Filipe Nyusi, sobre o Desarmamento, Desmobilização e Reintegração dos homens da Renamo.

Acusam-no de traição ao povo quando, supostamente a título individual, negociou com o Governo da Frelimo o adiamento das eleições distritais previstas para 2024.

Segundo os protestantes, Ossufo Momade sequer, alguma vez, manteve diálogo com os ex-gerrilheiros da Renamo para estar a par das suas preocupações.

Momade é ainda acusado de usar indevidamente os fundos do partido, e de ter ordenado o corte dos subsídios dos delegados políticos distritais desde 2020.

Para o grupo, o líder da Renamo transformou o partido em propriedade privada.

“Não queremos mais na liderança do partido o Sr. Ossufo Momade. E ordenamos [nós os generais superiores], ao nível do país, a destruição de todos os panfletos e fotografias de propaganda do Sr. Ossufo Momade, porque não precisamos mais dele” apelaram.

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