As Forças de Defesa e Segurança (FDS) detiveram em Cuamba, província de Niassa, um dos principais mobilizadores do grupo Naparamas, de 38 anos, que liderou a ofensiva contra uma posição das FDS no dia 16 de Abril, no Posto Administrativo de Mutuali, distrito de Malema. A ofensiva culminou com a morte de cinco elementos dos Naparamas.
A detenção ocorreu no âmbito de uma operação conjunta entre as forças posicionadas em Mutuali e o Comando Distrital da Polícia da República de Moçambique (PRM) de Cuamba, conforme revelou o chefe de Relações Públicas no Comando Provincial da PRM em Nampula, Dércio Samuel.
Segundo Samuel, as FDS permanecem no terreno em perseguição aos integrantes do grupo, responsável pelo ataque em Mutuali.
“O detido era o principal mobilizador do grupo e o responsável pelo desenho das estratégias de invasão”, afirmou. Durante a operação, foram apreendidos vários instrumentos contundentes utilizados pelo grupo nas suas acções.
“No momento da neutralização, ele foi alvejado na perna direita enquanto liderava a força que invadiu a posição das FDS em Mutuali”, acrescentou o porta-voz. “Actualmente encontra-se detido, está a colaborar com as autoridades, é confesso e tem fornecido informações valiosas para a neutralização total do grupo.”
Samuel revelou ainda que, no dia 18 de Abril, as FDS apreenderam “um livro de registos contendo os nomes dos integrantes dos Naparamas, documento que está a ser utilizado para identificar e localizar membros em parte incerta”.
“Estamos em alta prontidão activa e combativa. Reforçamos o apelo a todos os integrantes dos Naparamas para que se entreguem, devolvam os bens saqueados e abandonem qualquer tentativa de desestabilizar a ordem pública. Caso contrário, serão responsabilizados criminalmente”, advertiu.
De acordo com as autoridades, os insurgentes são submetidos a rituais com curandeiros locais, alegando serem “vacinados contra balas”, prática que Dércio Samuel classificou como uma forma de manipulação.
“Sabemos que este grupo foi iludido com promessas falsas. Apelamos para que abandonem essa ilusão e regressem ao convívio familiar. As FDS garantem a sua segurança”.